Tiradentes, o homem que lutou pela liberdade

Em 1746, nascia em São João Del Rei, Minas Gerais, Joaquim José da Silva Xavier, o futuro tropeiro, minerador, membro dos Dragões de Minas Gerais e enfim  dentista, profissão que lhe rendeu o nome de Tiradentes.

Inconformado com a exploração vivida pelo Brasil em função de Portugal decidiu unir-se a outras pessoas, como advogados, poetas e padres, para tentar libertar o Brasil dessa situação, liderando o movimento conhecido como Inconfidência Mineira, ocorrido em 1789.

O objetivo era fazer um protesto, no chamado “dia da derrama” (em que eram cobrados da população os impostos atrasados), alertar as pessoas sobre o plano de libertação e em seguida prender o governador Visconde de Barbacena. Mas Tiradentes foi traído por Joaquim Silvério, que denunciou todo o plano ao próprio Visconde de Barbacena, em troca do perdão de sua divida pessoal com a coroa Portuguesa.

Trinta e quatro dos principais membros do movimento foram presos, acusados de traição à coroa de Portugal, mas todos tiveram as penas amenizadas, menos Tiradentes. Ele foi enforcado no dia 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro. Antes de morrer, Joaquim da Silva Xavier disse: “Jurei morrer pela independência do Brasil, cumpro a minha palavra! Tenho fé em Deus e peço a Ele que separe o Brasil de Portugal”.

A história registrou o fato, o ato, o ideal e a bravura de um homem em prol da liberdade de seu país, para que hoje pudéssemos bradar que “somos livres”! Um sonhador e um ideal de liberdade, simples, sem as amarras e grilhões pactuados por ideais diversos.

“Liberdade! Liberdade! Abra as asas sobre nós!”

Abra as asas sobre nós, mas não cubra nossos olhos, para que possamos voar no tempo e no espaço, armados de ética, coerência, decência, moral e olhar límpido para agir. Agir com respeito, começando pelo núcleo básico de todo ser humano, a família. Com a família adquirimos a autonomia. Com autonomia a maturidade espontânea. Tornamo-nos sujeitos racionais e responsáveis, sociáveis e políticos.

Que esta data comemorativa seja uma chama a nos revivar, um eco a ressoar nos confins de nossas consciências, os padrões morais e éticos que devem orientar a vida de cada um de nós, pais, filhos, educadores, empreendedores, políticos, etc. enquanto indivíduos coadjuvantes de uma sociedade miscigenada, feliz por natureza, livre e necessitada de justiça.

A liberdade nos permite sonhar, realizar, desenvolver, criar, mudar, construir, aprender e acima de tudo respeitar. A liberdade aliada à responsabilidade nos proporciona vitória, prazer, leveza, autoestima, sensação de dever cumprido e acima de tudo confiança num amanhã melhor.