7 Estratégias para tomada de decisão em equipe

reunião para tomada de decisão em equipe

Quando enfrentamos um problema difícil de negócio, é comum recorrermos a um grupo para buscar soluções. Afinal, mais mentes pensantes são melhores do que uma, certo? Nem sempre se aplica a tomada de decisão.

Quantidades maiores de conhecimento não são garantia de resultados melhores. Devido à tendência de hierarquia excessiva, ao instinto de evitar dissidências e ao desejo de manter a harmonia, muitos grupos acabam caindo no pensamento de grupo.

Opiniões equivocadas de especialistas podem distorcer rapidamente uma decisão do grupo. Viéses individuais podem se espalhar facilmente pelo grupo e levar a resultados distantes das preferências individuais. E grande parte desses processos ocorre de forma subconsciente.

Isso não significa que os grupos não devem tomar decisões juntos, mas é necessário criar o processo adequado para fazê-lo. Com base em pesquisas comportamentais e científicas sobre tomada de decisão, além de anos de experiência na aplicação desses princípios, identificamos sete estratégias simples para uma tomada de decisão em grupo mais eficaz:

grupo realizando tomada de decisão

Estratégia 1: Manter o grupo pequeno

Quando precisamos tomar uma decisão importante, é preferível ter um grupo reduzido. Grupos grandes são mais propensos a tomar decisões enviesadas. Por exemplo, pesquisas mostram que grupos com sete ou mais membros são mais suscetíveis ao viés de confirmação.

Quanto maior o grupo, maior a tendência dos membros em pesquisar e avaliar informações de forma consistente com suas crenças e informações pré-existentes. Ao manter o grupo entre três e cinco pessoas, um tamanho para o qual as pessoas naturalmente se inclinam ao interagir, é possível reduzir esses efeitos negativos, ao mesmo tempo em que se beneficia de múltiplas perspectivas, como boa comunicação interna.

Estratégia 2: Formar um grupo diversificado

Estudos diversos mostram que grupos formados por indivíduos com opiniões e crenças homogêneas tendem a tomar decisões enviesadas. Equipes com pontos de vista potencialmente opostos podem contrabalancear os vieses com mais eficácia. No entanto, o contexto é importante.

Ao lidar com tarefas complexas que exigem habilidades e perspectivas diversas, como pesquisas e design de processos, grupos heterogêneos podem superar significativamente os homogêneos. Porém, em tarefas repetitivas que requerem pensamento convergente em ambientes estruturados, como aderir a procedimentos de segurança na aviação ou na área da saúde, os grupos homogêneos costumam se sair melhor. Como líder, é necessário entender a natureza da decisão que está pedindo ao grupo para tomar antes de formar uma equipe adequada.

Estratégia 3: Nomear um “advogado do diabo”

Uma forma de combater tendências indesejáveis ​​de pensamento de grupo nas equipes é nomear um “advogado do diabo”. Essa pessoa é encarregada de agir como uma força contrária ao consenso do grupo.

Pesquisas mostram que dar poder a pelo menos uma pessoa para desafiar o processo de tomada de decisão da equipe pode levar a melhorias significativas na qualidade e nos resultados das decisões. Para grupos maiores, com sete ou mais membros, é recomendado nomear pelo menos dois advogados do diabo para garantir que um dissidente estratégico não seja isolado pelo restante do grupo como um agitador disruptivo.

Estratégia 4: Coletar opiniões de forma independente

O conhecimento coletivo de um grupo só é uma vantagem se for utilizado corretamente. Para aproveitar ao máximo as capacidades diversas da equipe, recomendamos reunir opiniões individualmente antes que as pessoas as compartilhem com o grupo em geral. Você pode solicitar que os membros da equipe registrem suas ideias de forma independente e anônima em um documento compartilhado, por exemplo.

Em seguida, peça ao grupo para avaliar as ideias propostas, novamente de forma independente e anônima, sem atribuir sugestões a membros específicos da equipe. Seguir esse processo iterativo permite que as equipes contrariem vieses e resistam ao pensamento de grupo. Esse processo também garante que a suposta hierarquia, a suposta expertise ou agendas ocultas não desempenhem um papel na decisão do grupo.

Estratégia 5: Fornecer um ambiente seguro para se expressar

Se você deseja que as pessoas compartilhem opiniões e participem de dissidências construtivas, elas precisam sentir que podem se expressar sem medo de retaliação. Incentive ativamente a reflexão e a discussão de opiniões divergentes, dúvidas e experiências de maneira respeitosa.

Existem três elementos básicos necessários para criar um ambiente seguro e aproveitar ao máximo a diversidade de um grupo. Em primeiro lugar, concentre os feedbacks na decisão ou estratégia discutida, e não na pessoa. Em segundo lugar, expresse os comentários como uma sugestão, não como uma ordem. Em terceiro lugar, transmita o feedback de maneira que demonstre empatia e apreço pelas pessoas que estão trabalhando em prol do objetivo comum.

Estratégia 6: Não depender demais de especialistas para tomada de decisão

Especialistas podem ajudar os grupos a tomar decisões mais informadas. No entanto, a confiança cega nas opiniões dos especialistas pode tornar o grupo suscetível a vieses e distorcer o resultado. Pesquisas demonstram que incluir especialistas na tomada de decisão pode fazer com que a equipe adapte suas opiniões às do especialista ou tome julgamentos excessivamente confiantes. Portanto, convide especialistas para fornecer suas opiniões sobre um tópico claramente definido e posicione-os como observadores informados em relação ao grupo.

Estratégia 7: Compartilhar responsabilidade coletiva

Por fim, o resultado de uma decisão pode ser influenciado por elementos tão simples quanto a escolha do mensageiro do grupo. Muitas vezes, observamos que um único indivíduo é responsável por selecionar os membros adequados do grupo, organizar a agenda e comunicar os resultados. Quando isso acontece, os vieses individuais podem influenciar facilmente a decisão de toda a equipe. Pesquisas mostram que essas tendências negativas podem ser efetivamente combatidas se diferentes papéis forem atribuídos aos diferentes membros do grupo, com base em suas habilidades e expertise. Além disso, todos os membros devem sentir-se responsáveis pelo processo de tomada de decisão e pelo resultado final do grupo. Uma maneira de fazer isso é solicitar que a equipe assine uma declaração conjunta de responsabilidade no início, o que leva a uma distribuição mais equilibrada de poder e a uma troca mais aberta de ideias.

É importante ressaltar que seguir essas estratégias não garante uma decisão excelente. No entanto, quanto melhor for a qualidade do processo de tomada de decisão e da interação entre os membros do grupo, maiores serão as chances de alcançar um resultado bem-sucedido.

Conclusão

Tomar decisões em grupo pode ser um desafio, mas com as estratégias certas, é possível aumentar as chances de alcançar soluções bem-sucedidas. Ao manter o grupo pequeno, promover diversidade, nomear um advogado do diabo, coletar opiniões independentes, criar um ambiente seguro para expressão, não depender excessivamente de especialistas e compartilhar a responsabilidade coletiva, é possível mitigar os riscos do pensamento de grupo e tomar decisões mais informadas e imparciais.

Lembre-se de que o processo de tomada de decisão é essencial para alcançar resultados eficazes, e é importante considerar a natureza da decisão em questão e as necessidades específicas do grupo ao implementar essas estratégias. Ao adotar uma abordagem consciente e colaborativa, os grupos podem superar os desafios e aproveitar ao máximo a diversidade e o conhecimento coletivo para tomar decisões de maneira mais eficaz.

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Maria Perpétua é diretora administrativa da Alusolda e possui mais de 37 anos de experiência no ramo de Gestão de Pessoas. Acredita na capacidade de melhoria contínua dos profissionais e gosta de bordar no seu tempo livre.

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