Em tempos de futuro incerto, o planejamento estratégico pode determinar a sobrevivência

Se planejar é a arte de criar o futuro, o administrador de empresas na América do Sul tem que ser um artista ainda mais extraordinário. Além dos fatores globais que afetam a demanda por nossos produtos, as maiores economias do continente vivem em meio a intermináveis crises políticas.

Questões fundamentais para o planejamento estratégico

Seguindo as teorias de planejamento, devemos começar com o questionamento e a afirmação do propósito da empresa:

• a) Qual é o nosso negócio?  Há um escopo de atuação? Qual estratégia genérica (diferenciação, escala & preço ou nicho)?
• b) Quais os valores centrais e a cultura da empresa? O que não estamos dispostos a abdicar para alcançar as metas e objetivos?
• c) Qual a visão?  Como queremos ser vistos e percebidos?

As respostas dessas perguntas devem compor a “Declaração de Missão” da empresa, e devem não só ser compartilhadas, mas defendidas por cada membro da organização. A declaração de missão deve ser simples, clara e robusta o suficiente para sobreviver a crises e se perpetuar por um longo período de tempo. “Oferecer aos clientes as melhores soluções de corte industrial do mundo para promover o bem-estar e o desenvolvimento dos nossos associados e enriquecer nossas comunidades e o meio ambiente” é a declaração de missão da Hypertherm no mundo.

Elaboração do planejamento estratégico

Definidas essas questões fundamentais, estaremos prontos para a elaboração do planejamento estratégico, em que o ponto de partida é a definição dos vetores estratégicos, ou seja, uma análise situacional do ambiente externo e interno.

Com isso, determinam-se as estratégias de ataque, usando as forças ou as vantagens competitivas da empresa. Já as estratégias de desenvolvimento são identificadas para melhorar certos fatores nos quais o desempenho do concorrente é melhor. Ainda temos as estratégias de bloqueio e defesa, que devem contornar ou minimizar os impactos das ameaças diante de uma determinada fraqueza da empresa.

Dá para imaginar a magnitude e a quantidade de estratégias que devem ser executadas para garantir o sucesso da empresa. E ainda se deve ter consciência da escassez de recursos para manter a rotina da organização.  E é este o momento culminante que diferencia as empresas bem-sucedidas das que não sobrevivem; o momento da escolha, da definição das prioridades e das decisões estratégicas.

Reorganizar os recursos, redefinir os processos, eliminar desperdícios somados à disciplina na execução do que foi planejado são os principais fatores de sucesso do planejamento estratégico.

Finalizando

Toda a organização deve estar comprometida e focada na execução do plano. São muitas as forças que tentarão desviar a atenção: restrição orçamentária, falta de tempo, emergências, etc. Mas o plano deve sempre ser soberano e estar posicionado como fator-chave de sobrevivência da empresa. Poderá faltar tempo, pessoas e dinheiro para quaisquer outras necessidades, mas não faltará para execução do plano.  Isso significa ter prioridade.

E muito provável termos ao menos mais 12 a 18 meses de baixa demanda e, nesse cenário, iremos focar na defesa dos nossos mercados, na aproximação e engajamento com nossos sócios comerciais e usuários finais e na melhoria da eficiência na utilização dos nossos recursos. Se tivermos o privilégio de fazer parte do seu planejamento estratégico, seja na elaboração ou na execução, estaremos empenhados em fazê-lo com muito entusiasmo.

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